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Ymir Ransomware: 7 Técnicas de Ataque e Prevenção

Ymir Ransomware: 7 Técnicas de Ataque e Prevenção

Pesquisadores de cibersegurança destacaram uma nova família de ransomware chamada Ymir, utilizada em um ataque dois dias após sistemas serem comprometidos por um malware stealer, RustyStealer. A Kaspersky revelou que “o ransomware Ymir combina recursos técnicos únicos e táticas que aumentam sua eficácia.”

Os agentes de ameaça usaram funções de gerenciamento de memória incomuns para executar códigos maliciosos na memória, desviando-se do fluxo típico visto em outros ransomware, aumentando suas capacidades de furtividade. O ransomware foi usado em um ataque a uma organização na Colômbia, após a entrega do RustyStealer para coletar credenciais corporativas.

Credenciais roubadas permitiram acesso não autorizado à rede com o objetivo de implantar o ransomware. Se os corretores de acesso forem os mesmos que implantaram o ransomware, isso pode representar uma nova tendência,” afirmou Cristian Souza, pesquisador da Kaspersky.

Técnicas de Engenharia Social em Ymir Ransomware

O ataque incluiu ferramentas como Advanced IP Scanner e Process Hacker. Foram usados scripts do malware SystemBC para configurar um canal secreto para exfiltração de arquivos. O ransomware utiliza o algoritmo de cifra ChaCha20, adicionando a extensão “.6C5oy2dVr6” a arquivos criptografados.

Ymir é flexível: usando o comando –path, atacantes especificam diretórios para busca de arquivos. Arquivos na lista de permissões são ignorados. Black Basta, outro ransomware, usou mensagens do Microsoft Teams para interação maliciosa, abordando técnicas de engenharia social.

A ReliaQuest observou tentativas de enganar usuários disfarçados de suporte de TI, instruindo-os a usar software de área de trabalho remota como AnyDesk ou Quick Assist para acesso ao sistema.

Ransomware como Akira e Fog alavancaram VPNs SonicWall SSL não corrigidas contra CVE-2024-40766, invadindo redes. Entre agosto e outubro de 2024, 30 intrusões desta natureza foram reportadas, segundo Arctic Wolf.

Eventos indicam a evolução contínua do ransomware e a ameaça global. Mesmo com esforços de apreensão, o ransomware fragmenta-se ainda mais. Secureworks revela um aumento de 30% em grupos de ransomware ativos, com emergências de novos grupos culpando a fragmentação.

O NCC Group relatou 407 casos em setembro de 2024, uma queda mensal de 10%. Uso extensivo de ransomware ocorre por grupos motivados politicamente, como CyberVolk.

Autoridades dos EUA estão pressionando para que seguros não reembolsem resgates, tentando dissuadir o pagamento. Anne Neuberger, assessora de segurança dos EUA, expressou preocupação sobre políticas que incentivam tais pagamentos.

Análise Técnica do Algoritmo de Criptografia ChaCha20

Imagem que representa o algoritmo de criptografia ChaCha20, simbolizando segurança e velocidade. ChaCha20: um algoritmo de criptografia destacando segurança e eficiência em um cenário de cibersegurança.

O algoritmo de criptografia ChaCha20 tem se destacado no cenário da cibersegurança, especialmente no contexto de ataques cibernéticos como os perpetrados pelo ransomware Ymir. Desenvolvido em 2008 por Daniel J. Bernstein, o ChaCha20 algoritmo de cifra é notável por sua velocidade e segurança, tornando-se uma ferramenta valiosa para proteção de dados e difícil alvo para malwares como o RustyStealer.

Características do ChaCha20

O ChaCha20 é um algoritmo de cifra de fluxo que opera com um estado interno de 512 bits, dividido em 16 palavras de 32 bits. Ele cria fluxos de bytes pseudoaleatórios que são usados para criptografar dados via operações simples de somação, rotação de bits e XOR. Isso diferencia o ChaCha20 de outros algoritmos de cifra de bloco, como o AES.

Essa abordagem não só aumenta a eficiência da criptografia, mas também amplia a flexibilidade, permitindo seu uso em plataformas de recursos limitados, como em dispositivos móveis e equipamentos com hardware restrito. Isso se traduz em grande vantagem em ataques, onde a rapidez pode ser crucial para o sucesso.

Os ataques de ransomware frequentemente se aproveitam dessa vantagem tecnológica para manipular dados com eficiência e segurança, fatores essenciais para operações bem-sucedidas, como as implementadas pelo Ymir ransomware.

Uso do ChaCha20 no Ransomware Ymir

Dentro do ecossistema de ransomware, como o ransomware Ymir, o uso do ChaCha20 é estratégico. Este ransomware emprega o algoritmo para criptografar arquivos alvo, garantindo que os dados se tornem praticamente ilegíveis sem a chave correta. A extensão ".6C5oy2dVr6" é adicionada aos arquivos cifrados, indicando a utilização da proteção ChaCha20.

Essa escolha não é arbitrária; o ransomware com algoritmo ChaCha20 deve sua eficácia à combinação de segurança e flexibilidade, fatores que melhoram significativamente as probabilidades de sucesso em sequestros de dados.

No contexto deste ransomware específico, ataques a empresas na Colômbia demonstram como a aplicação do ChaCha20 dentro de planos mais amplos de ataque pode maximizar impactos e dificultar a prevenção de ataques de ransomware.

Comparação com Outros Algoritmos

Quando comparado a algoritmos de bloco como o AES, o ChaCha20 apresenta diversas vantagens. Enquanto o AES é amplamente utilizado e oferece alto nível de segurança, ele pode ser relativamente lento em implementações de software puras, sem aceleração de hardware.

O ChaCha20, por outro lado, foi projetado para superar essas limitações, proporcionando alta performance mesmo sem otimizações de hardware. Isso o torna um dos preferidos em ransomware-as-a-Service (RaaS), onde eficiência e rapidez são cruciais para evitar a detecção enquanto maximiza-se o dano.

Algoritmos de fluxo antigos como o RC4 já foram amplamente superados em termos de segurança, o que aumenta a confiabilidade do ChaCha20 para aplicações modernas em segurança.

Impacto na Eficácia da Criptografia

A aplicação do ChaCha20 pelo Ymir ransomware ajuda a assegurar que os dados alvo permaneçam quase indecifráveis. Isso complica o trabalho das soluções de segurança cibernética em desmontar o ataque sem recorrer a pagamentos de resgate.

Além disso, as técnicas de evasão de detecção em ransomware se beneficiam da capacidade do ChaCha20 de operar diretamente na memória, como observado em funções de gerenciamento de memória do Ymir. Isso torna essencial a otimização das defesas contra ameaças cibernéticas atuais.

This is compounded by the sophisticated use of memory manipulation functions like memmove and memcmp, emphasizing the need for advanced segurança cibernética em 2024 strategies.

O ChaCha20 suporta operações que tornam as implementações de ransomware notavelmente elusivas, como observamos no caso Ymir.

A natureza de código aberto e adoção universal de ChaCha20 reforçam o seu papel como um adversário de grande calibre na arena da segurança e ataques cibernéticos modernos, como os que afetam organizações na Colômbia.

Tendências Emergentes em Ransomware: Fragmentação e Técnicas de Evasão

Cenário cyberpunk de um hacker utilizando técnicas de ransomware em um ambiente de segurança digital, refletindo a evolução das ameaças cibernéticas com a fragmentação de grupos de ransomware e técnicas avançadas de evasão.

A evolução das ameaças cibernéticas está se manifestando de maneira alarmante no cenário atual, conforme analisam especialistas em cibersegurança. Entre as mudanças notáveis, destacam-se a fragmentação de grupos de RaaS e o desenvolvimento de novas técnicas de evasão, que complexificam ainda mais a paisagem de infosec.

Fragmentação de Grupos de Ransomware

A característica de fragmentação entre os grupos de ransomware tem se tornado cada vez mais prevalente. Esse fenômeno substitui gradualmente o modelo original de RaaS, permitindo que grupos menores atuem de forma mais independente. Grupos emergentes, como os operadores do Ymir Ransomware, têm explorado malwares como o RustyStealer para obter acesso inicial a sistemas corporativos.

O uso de malware stealer representa um avanço nas táticas de infiltração, onde primeiro são obtidas credenciais corporativas que, por sua vez, abrem portas para ataques mais elaborados e persistentes. O Ymir Ransomware destaca-se ainda pela capacidade de executar códigos diretamente na memória, utilizando funções como malloc, memmove, e memcmp, dificultando a detecção.

Esse movimento de diversificação de ataques oferece uma dupla vantagem aos criminosos: diluir responsabilidades entre vários grupos independentes e criar um mosaico complexo que complica a resposta e prevenção por parte das defesas cibernéticas.

Técnicas Avançadas de Evasão

Os métodos de evasão adotados por ransomwares estão em constante evolução, refletindo um cenário cada vez mais desafiador para os especialistas em segurança cibernética. As técnicas avançadas não apenas envolvem o uso de gerenciamento de memória, mas também incluem evasão de sandbox e estratégias maleáveis que dificultam as contra-medidas tradicionais.

O uso de funções de gerenciamento de memória é exemplar no Ymir Ransomware. A técnica de executar códigos maliciosos diretamente na memória evita o envolvimento dos sistemas de armazenamento convencionais, escapando das abordagens de detecção usuais usadas por sistemas de defesa cibernética.

Além disso, é essencial notar como a evasão de sandbox, através de táticas de remoção de indicadores e ocultação por virtualização, tornou-se parte integral da estratégia de ataque dos criminosos. Essas táticas conspiram para garantir que softwares de detecção de sandbox não divulguem a presença de atividades maliciosas.

Uso de Ferramentas Legítimas e Outras Táticas

Adaptando-se a este clima, os atacantes têm demonstrado habilidade significativa na manipulação de ferramentas legítimas para atender aos seus propósitos nefastos, fundindo-as em suas operações maliciosas.

Ferramentas como Advanced IP Scanner e Process Hacker são frequentemente usadas para mascarar operações maliciosas como legítimas. Este artifício cria um desafio significativo para as equipes de resposta, que lutam para discernir atividades inofensivas das prejudiciais.

Uma segunda linha de frente em técnicas de evasão envolve a combinação de engenharia social com tratativas técnicas sob a forma de Vishing . Aqui, criminosos cibernéticos se passam por funcionários de TI para persuasivamente convencer as vítimas a realizar ações que comprometem seus próprios sistemas, tais como a instalação de software de acesso remoto como o Quick Assist ou AnyDesk.

Padrões de Ataques e Insights

Analisar padrões emergentes em ataques é crucial no delineamento de estratégias eficazes para contrabalançar essa gama de ameaças cibernéticas. Um dos pontos focalizantes observados inclui a prevalência de múltiplos vetores de ataque. Email phishing, links inseguros, e dispositivos comprometidos são típicos canais de abordagem.

Além do aspecto técnico, compreende-se que exfiltração de dados é geralmente uma fase precedente à implantação do ransomware em si. Isso não apenas aumenta a severidade do ataque, mas também acentua a pressão para que as vítimas efetuem o pagamento dos resgates. Dominar essas facetas permite que as empresas ajustem suas defesas.

Há uma necessidade clara de adequação constante para não apenas enfrentar, mas também mitigar as consequências desses ataques. As ferramentas anti-ransomware emergem como um recurso vital em tal contexto, fornecendo detecção crítica e capacidade de bloquear ameaças.

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