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Acceleron Fusion levanta $15 milhões para investigação em fusão a frio
Startups de fusão têm mostrado uma tendência crescente de captação de recursos, e a jovem empresa Acceleron Fusion é mais uma a se juntar a este movimento, tendo levantado $15 milhões de um total previsto de $23,7 milhões, conforme um arquivo da SEC.
Interesse crescente no setor de fusão
A recente onda de interesse em fusão foi impulsionada por um experimento revolucionário realizado no National Ignition Facility, que demonstrou que uma reação de fusão controlada pode gerar mais energia do que a necessária para iniciá-la.
Oportunidades no mercado de energia
A primeira empresa a construir uma usina capaz de produzir eletricidade vendível em massa pode começar a conquistar uma fatia significativa do mercado global de energia, que é avaliado em trilhões de dólares. Empresas de tecnologia, em especial, têm mostrado interesse em startups de fusão e nuclear como soluções potencialmente limpas para suas crescentes demandas de energia relacionadas à IA.
A abordagem da Acceleron Fusion
A Acceleron Fusion adota uma abordagem distinta em relação à fusão. Ao invés de tentar recriar as condições extremas presentes nas estrelas, a empresa utiliza partículas subatômicas conhecidas como múons para reduzir o calor e a pressão necessários para que as reações de fusão ocorram.
Fusão Catalisada por Múons
Na natureza, os átomos tendem a resistir às fusões devido à repulsão entre os elétrons que orbitam ao seu redor. As técnicas convencionais de fusão aumentam a temperatura e a pressão para superar essa barreira. Por outro lado, a fusão catalisada por múons emprega um método alternativo:
- Múons são partículas subatômicas que se assemelham a elétrons, mas têm uma massa 207 vezes maior.
- Esses múons substituem os elétrons em alguns átomos, permitindo uma fusão mais fácil.
Em condições adequadas, a fusão pode ocorrer até mesmo à temperatura ambiente e pressão, dando origem ao termo *fusão a frio*.
Desafios da Fusão Catalisada por Múons
Apesar de demonstrada em laboratório, a fusão catalisada por múons enfrenta vários obstáculos:
- O múon possui uma vida útil de cerca de 2,2 microssegundos, o que limita o número de reações de fusão que pode facilitar.
- Uma porcentagem dos múons se liga a partículas alfa, impossibilitando-os de facilitar mais fusões.
Esperanças para o Futuro
A Acceleron, baseada em Cambridge, Massachusetts, planeja aumentar a pressão e possivelmente a temperatura do mix de isótopos de hidrogênio, reduzindo a taxa de “atrito” entre múons e partículas alfa. A expectativa é que isso possa aumentar o número de reações de fusão e gerar energia suficiente para compensar o consumo necessário para produzir os múons.
Em 2020, a NK Labs recebeu uma subvenção de $2 milhões da ARPA-E para investigar se pressões mais altas poderiam melhorar a fusão catalisada por múons. Os resultados, que ainda não são totalmente públicos, despertaram o interesse dos investidores.
#AcceleronFusion #ColdFusion #Startup #RenewableEnergy #CleanTechnology
autor original: Tim De Chant
ref:https://techcrunch.com/2024/10/01/acceleron-fusion-has-raised-15m-to-take-another-stab-at-cold-fusion-filing-reveals/