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Furno Revoluciona Produção de Cimento com Inovação Sustentável

Inovação no Setor de Cimento: O Caso da Furno

A startup de cimento Furno recentemente recebeu uma $20 milhões em subsídios do Departamento de Energia dos Estados Unidos, o que a ajudará a construir até oito micro-fornos em uma planta de concreto localizada em Chicago. Este movimento representa um avanço significativo na forma como o cimento é produzido, prometendo reduzir tanto a poluição quanto os custos de transporte.

Desafios Regionais na Produção de Cimento

Embora Chicago não pareça um local onde o cimento é escasso, a realidade demonstra que a situação é complexa:

  • O forno mais próximo está a 100 milhas de distância, elevando os custos de transporte do material.
  • A demanda por concreto na cidade exige soluções inovadoras para suprir o mercado local.

Parceria Estratégica

A Furno está colaborando com a empresa Ozinga, que atualmente adquire 60.000 toneladas de cimento anualmente para suas operações no Chinatown Yard, situado no lado sul de Chicago. Os principais detalhes desta colaboração incluem:

  • A utilização de material reciclado que poderá ser combinado com agregado para a produção de concreto.
  • O projeto da Furno foi dimensionado com base na demanda específica da Ozinga.

“Dimensionamos nossa instalação, o projeto, para isso,” afirmou o fundador e CEO da Furno, Gurinder Nagra, em entrevista ao TechCrunch. “Eles têm acesso ao calcário virgem, bem como ao material reciclado já.”

Impacto Ambiental e Inovações Tecnológicas

Um dos aspectos mais alarmantes da produção de cimento é seu impacto ambiental. Os dados indicam que a indústria de cimento gera aproximadamente 8% de todas as emissões de carbono no planeta, provenientes do processo de calcinacao, onde minerais contendo cálcio, como o calcário, são aquecidos até altas temperaturas. Este processo gera 600 kg de poluição de carbono para cada tonelada de cimento produzida.

A Furno está desenvolvendo um modelo que promete inovações significativas na produção de cimento:

  • Implantação de fornos mais compactos e verticais, permitindo uma maior eficiência no uso do calor durante o processo de calcinacao.
  • Redução da poluição proveniente de combustíveis fósseis em pelo menos 70%, com a possibilidade de eliminação total quando utilizando hidrogênio como fonte de energia.

Financiamento e Criação de Empregos

A startup também conseguiu levantar um financiamento inicial de $6,5 milhões em março de 2024. O subsídio federal representa uma fração significativa do custo total do projeto, com a expectativa de que a Furno levante mais recursos através de uma rodada de financiamento Series A no início de 2025.

O projeto, denominado Project Oz, não só aumentará a capacidade produtiva de cimento, mas também resultará na criação de 50 empregos temporários na construção e 30 empregos permanentes. A importância desse dado foi ressaltada pela diretora de marketing da Furno, Kiersten Jakobsen, mencionando que o Departamento de Energia demonstrou particular interesse em ressaltar a recuperação de empregos:

“Houve o fechamento de algumas usinas de carvão, e o subsídio do DOE é destinado a trazer de volta empregos para aquelas pessoas que foram deslocadas,” afirmou.

Concorrência e Sustentabilidade na Indústria de Cimento

A Furno não está sozinha em sua iniciativa. A empresa Terra CO2, baseada em Golden, Colorado, também foi contemplada com um subsídio de $52,6 milhões do Departamento de Energia para construir uma nova instalação de fabricação que produzirá um substituto ao cimento, com impactos ambientais significativamente menores em comparação ao cimento Portland convencional.

Esses passos não apenas têm o potencial de transformar o setor de construção, mas também de inspirar outras inovações em práticas sustentáveis e na geração de empregos em comunidades afetadas por mudanças na indústria.

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