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Dryden Brown e a Inovação em Cidades: 5 Lições da Groenlândia

No último verão, um avião de hélice dupla pousou em terreno cinzento e cratérico de Nuuk, a capital da Groenlândia. Um homem de 28 anos desceu da aeronave, pronto para entrar no prédio do parlamento nórdico com uma proposta ousada: “Fui à Groenlândia para tentar comprá-la”, escreveu o fundador da Praxis, Dryden Brown em um tweet viral posteriormente.

No telefone com a TechCrunch na semana passada, ele suavizou seu discurso provocador. “Obviamente, eles têm certo orgulho que torna a ideia de serem comprados — é quase, como se fosse, condescendente,” disse ele. “Mas eles realmente gostariam de ser independentes.”

Assim, em vez de comprar a Groenlândia, ele se perguntou se poderia trabalhar com o governo para criar uma nova cidade, construída intencionalmente em terras inabitáveis. “E se pudermos, de certa forma, construir um protótipo de Terminus?” ele disse, referindo-se ao nome preferido de Elon Musk para uma cidade em Marte.

Um membro do parlamento dinamarquês não achou graça. “A independência da Groenlândia requer aprovação do parlamento dinamarquês e uma mudança em nossa constituição,” tweetou o político Rasmus Jarlov. “Posso garantir que não há chance de aprovar a independência para que você possa comprar a Groenlândia.”

Mas se construir uma nova cidade na Groenlândia fosse apenas uma questão financeira, Brown tem os recursos para isso — mais ou menos. Nos últimos cinco anos, Brown, juntamente com o cofundador Charlie Callinan, está à frente da Praxis, uma startup de estado em rede com o objetivo explícito de criar uma cidade. Ele enfatizou que a Praxis é uma ideologia de internet — uma que atraiu controvérsias, como quando um guia de membro da Praxis disse que “os padrões tradicionais de beleza europeus/ocidentais, nos quais o mundo civilizado, em seus melhores momentos, sempre encontrou sucesso.”

Apesar da controvérsia, o projeto apoiado por Peter Thiel recentemente arrecadou $525 milhões, com um grande asterisco: a startup pode liberar o dinheiro conforme vai atingindo metas específicas em seu projeto de construção de cidade.

Assim, por enquanto, a Praxis é uma ideologia da internet em busca de um lar físico. O grupo recebeu 250 apoiadores da Praxis em Punta Cana, na República Dominicana, no início deste mês, onde participantes como Geoff Lewis, da Bedrock, e Mamuka Bakhtadze, ex-primeiro-ministro da Geórgia, foram apresentados a diferentes opções de locais para a Praxis.

A Praxis é um dos exemplos proeminentes de um “estado em rede”, um termo definido pelo ex-investidor da a16z Balaji Srinivasan, como uma comunidade de internet que adquire um lar físico e “ganha reconhecimento diplomático de estados pré-existentes,” ele escreveu. Marc Andreessen elogiou o conceito, e o co-fundador do Ethereum, Vitalik Buterin, criou seu próprio experimento de estado em rede.

Mas, enquanto a maioria dos projetos atuais de estado em rede têm sido de curto prazo, Brown quer levar isso a um extremo maior. Há anos, ele viaja de país em país, enviando e-mails frios para políticos e questionando sobre o potencial para uma cidade techno-otimista. “Nos meus 20 anos, eu não conhecia ninguém, e fui para a Nigéria, de uma forma semelhante a como voei para a Groenlândia,” contou ele à TechCrunch. Ele contatou políticos pelo LinkedIn e disse que conseguiu reuniões com políticos de alto nível, como Dr. Mahamudu Bawumia, vice-presidente de Gana.

Desde então, ele viajou para dezenas de países com a mesma proposta: “Basicamente, é encontrar uma oportunidade de benefício mútuo entre um grupo de fundadores que querem construir algo novo e empolgante, e um país que se beneficiaria disso.”

Na Groenlândia, entre um mergulho polar e um leve treinamento para maratona, Brown se reuniu com funcionários do governo, magnatas da mineração e empreendedores locais. A principal conclusão de Brown foi que muitos residentes gostariam que a Groenlândia fosse livre da Dinamarca, mas o governo se sente preso pelos cerca de $500 milhões que a Dinamarca dá ao país a cada ano.

“Se pudermos substituir os $500M por outra fonte de receita — impostos de uma nova cidade, mineração e turismo após a terraformação — poderíamos diminuir o risco da adesão, e fazer com que os groenlandeses conquistassem sua tão desejada independência — e com isso, imensa riqueza,” tweetou Brown.

Brown quer que a potencial cidade da Groenlândia seja um bastião de experimentação tecnológica, especificamente aproveitando a comunidade de jovens fundadores de hardtech que se reuniram em El Segundo. Imagine, disse ele, uma cidade que pode criar chuva sob demanda usando tecnologia Rainmaker, uma startup de semeadura de nuvens, ou uma comunidade movida pela tecnologia nuclear da Valar Atomics.

Você poderia pensar que convencer membros da Praxis a se mudarem para um país desolado e gelado, em vez de, digamos, para a República Dominicana, seria uma tarefa difícil. Brown insistiu que é o oposto. “Essa é a coisa sobre os membros da Praxis,” ele disse. “Um monte de pessoas que na verdade se mudaria para a Groenlândia porque é radical.”

Para ouvir Brown, a comunidade da Praxis é um retorno a uma velha sensibilidade americana, onde há terras a serem conquistadas e uma estrutura internacional hegemônica a dominar. Você pode ver isso em El Segundo, onde startups de hardware competem pela maior bandeira americana, e pode ver isso em Brown, que sente que incorpora um novo destino manifesto moderno. “Meus ancestrais vieram para a América da Irlanda no início do século 18. Eles fizeram essa viagem em navios pelo Atlântico, pousaram, construíram uma cidade, um forte e uma fazenda, lutaram na Guerra Revolucionária,” ele disse. “Acho que é importante construir coisas que honrem seus ancestrais e os sacrifícios que eles fizeram.”

Ele acredita que os americanos têm um impulso por “heroísmo e coragem,” e, bem, expansão. “Parece que esse tipo de fogo foi, pelo menos temporariamente, extinto,” ele continuou. “Era como se você simplesmente não pudesse realmente fazer essas coisas nos EUA — ou pelo menos, era super difícil. Era basicamente impossível. Você não pode construir cidades. Não há lugares novos para ir.”

N na história de Brown, o presidente eleito Donald Trump aparece como um deus ex machina, um bálsamo para uma América agitada contra suas próprias fronteiras. “Trump quer fazer isso, construir novas cidades,” ele disse. Trump está “revivendo as estéticas clássicas” e promovendo uma mudança cultural para que os americanos sejam “destemidos” em relação a propostas ambiciosas, como, por exemplo, construir um protótipo de Terminus.

Entre o apoio para uma possível cidade na Groenlândia e a onda vermelha varrendo a América, Brown se sente legitimado. Vários anos atrás, Brown disse que enfrentou “um número insano de pessoas tentando nos ostracizar — ou cancelar-nos levemente ou algo assim — por termos esse tipo de estética ligada à direita e grandes ambições,” ele disse. “E agora eles estão tuitando sobre todas essas coisas incessantemente.”

Proposta de nova cidade na Groenlândia destacando inovações e pioneirismo

Introdução à Proposta de Dryden Brown

O plano de Dryden Brown para criar uma cidade techno-otimista na Groenlândia representa um marco na busca por soluções habitacionais sustentáveis e inovadoras. Brown, influenciado por ideias de Rasmus Jarlov e Peter Thiel, busca não apenas construir uma nova cidade, mas também estabelecer um estado em rede com reconhecimento diplomático. Este artigo explora o projeto de Dryden Brown, suas implicações sociais, políticas e tecnológicas, bem como as oportunidades que surgem a partir desse conceito audacioso.

A Visão de uma Cidade Futurista

O Projeto de cidade techno-otimista de Dryden Brown visa transformar a Groenlândia em um modelo de cidade no contexto da terraformação e da inovação tecnológica. Utilizando tecnologias emergentes, a proposta propõe soluções avançadas para os desafios enfrentados em ambientes inóspitos. Desde estruturas sustentáveis feitas de materiais transparentes até a incorporação de tecnologias Rainmaker, a nova cidade promete um ambiente onde a comunidade pode prosperar.

Construir uma nova cidade na Groenlândia não é apenas uma questão de infraestrutura, mas também de visão e intenção. O conceito de um estado em rede propõe um novo modo de administração e envolvimento cívico, onde a participação da comunidade é fundamental. Isso se traduz em iniciativas que incentivam o empreendedorismo e a participação ativa dos cidadãos em decisões que afetam suas vidas.

Aspectos Sustentáveis e Tecnológicos

Um dos pilares do projeto é o desenvolvimento sustentável. O uso de fontes de energia renováveis, como painéis solares e turbinas eólicas, demonstra um compromisso com a preservação ambiental. Assim, a proposta de Dryden Brown não só apresenta um modelo de cidade futurista, mas também serve como um exemplo para outros projetos de cidades inovadoras ao redor do mundo.

A inovação tecnológica não se limita à geração de energia. A proposta inclui também o uso da mineração e do turismo como motores econômicos. A Groenlândia poderá atrair investidores interessados em novas oportunidades, ao mesmo tempo em que promove a sustentabilidade. Aqui, a comunidade de jovens fundadores de hardtech desempenha um papel crucial na criação de soluções que atendam às necessidades locais.

O Papel da Comunidade e Empreendedorismo

A comunidade de internet que emerge ao redor do projeto é fundamental para o sucesso da ideia. Com a ascensão das tecnologias emergentes em cidades, a participação ativa da população se torna um catalisador para o desenvolvimento. Além disso, a visão de Brown e sua equipe visa criar um ambiente onde o financiamento de startups possa prosperar.

As iniciativas de inovação tecnológica vão muito além da criação de edifícios. O projeto inclui áreas dedicadas ao empreendedorismo e à educação, bem como espaços para a cultura e o lazer. Assim, a nova cidade se configuraria como um polo não apenas econômico, mas também social.

Desafios na Implementação do Projeto

Apesar das oportunidades, o plano enfrenta desafios significativos. A construção de uma nova cidade em um ambiente tão hostil quanto o da Groenlândia requer uma abordagem cuidadosa e planejada. As condições climáticas extremas, bem como a necessidade de políticas de independência territorial, são questões que não podem ser ignoradas.

Outro ponto a ser considerado é a relação com o Parlamento dinamarquês. O governo dinamarquês desempenha um papel crucial, e a colaboração entre as autoridades dinamarquesas e os visionários por trás do projeto será fundamental para o sucesso da proposta. O apoio político é um fator que pode impulsionar ou limitar a execução do modelo de cidade futurista.

Além disso, o alto investimento necessário pode intimidar potenciais investidores. No entanto, a visão de um futuro sustentável e inovador pode ser um forte atrativo para aqueles que buscam fazer parte de um projeto verdadeiramente transformador.

Perspectivas Futuras e Conclusão

A cidade proposta por Dryden Brown não é apenas uma representação arquitetônica; é uma declaração de intenções. A combinação de tecnologia avançada, desenvolvimento sustentável e envolvimento comunitário forma a essência do que poderia ser um novo modo de viver em um planeta em mudança.

Com a visão de ambientes auto-sustentáveis que promovem a independência da Groenlândia, a ideia é um reflexo das demandas contemporâneas por soluções que integram a natureza e a tecnologia. Através de iniciativas como a Praxis, o projeto pode criar traços duradouros na paisagem e na sociedade.

Este projeto de cidade futurista não só captura a imaginação, mas também serve como um ponto de partida para discussões sobre novos modos de viver e colaborar em uma era de complexidade global.

Visão futurista de uma cidade sustentável na Groenlândia com inovações tecnológicas e arquitetura ecoeficiente.

Visão Futurista da Groenlândia: A Cidade Techno-Otimista de Dryden Brown

A proposta inovadora de Dryden Brown para uma cidade sustentável na Groenlândia apresenta uma abordagem revolucionária ao desenvolvimento urbano. Nessa visão futurista, a ideia é construir uma cidade techno-otimista que contraste radicalmente com o ambiente inóspito da região. A ideia vai além da mera construção de edifícios; trata-se de criar uma comunidade vibrante e resiliente, que valorize a inovação tecnológica como seu pilar central.

Em um ambiente marcado por desafios climáticos e sociais, o projeto se destaca por suas soluções ecoeficientes. A arquitetura moderna, acompanhada de sistemas de energia renovável, reflete uma real intenção de respeitar e harmonizar com a natureza. Essa abordagem é um testemunho do compromisso com a sustentabilidade e a tecnologia avançada.

Além disso, o envolvimento da comunidade é um aspecto essencial desse projeto. A ideia é que habitantes de diversas origens unam forças para criar um espaço habitável, onde a comunidade de jovens fundadores de hardtech possa prosperar. Essas iniciativas não apenas transformam a Groenlândia em um exemplo de desenvolvimento sustentável, mas também canalizam a criatividade e o espírito empreendedor de seus cidadãos.

Desafios e Oportunidades em Projetos de Cidades Futuristas

Como qualquer empreendimento ambicioso, a criação de uma nova cidade na Groenlândia apresenta inúmeras oportunidades e desafios. A geografia e o clima extremas da região impõem seguidos obstáculos à construção. No entanto, esses mesmos desafios inspiram a busca por tecnologias emergentes em cidades, incluindo a terraformação, sistemas de aquecimento geotérmico e soluções para a mineração e turismo sustentável.

Um dos aspectos mais intrigantes do projeto é o conceito de Estado em rede, que busca criar uma autonomia legislativa e administrativa. Essa estrutura permitiria à cidade operar de maneira independente, estabelecendo um modelo de governança inovador que priorizaria a colaboração e a participação da comunidade. A busca pela independência da Groenlândia também levanta questões sobre o papel do Parlamento dinamarquês e a relação política entre a Groenlândia e a Dinamarca, o que exige uma abordagem diplomática cuidadosa.

Investimento em Tecnologia e Inovação

A chave para o sucesso desse projeto dependerá, em grande parte, do financiamento de startups e do apoio de investidores visionários como Peter Thiel, Balaji Srinivasan e Vitalik Buterin. Essas figuras são conhecidas por sua liderança no espaço da tecnologia e poderiam fornecer não apenas capital, mas também experiência e conexões valiosas no setor tecnológico.

Os impostos de nova cidade serão igualmente importantes, pois é crucial atrair e reter residentes e empresários. A estrutura tributária deve ser projetada para incentivar a inovação e o empreendedorismo, oferecendo incentivos fiscais e suporte para iniciativas que promovam o crescimento econômico.

Além disso, a construção dessa comunidade de internet permitirá experimentações sociais que não são viáveis em ambientes mais tradicionais. O desejo de formar uma comunidade de inovação é um reflexo das mudanças nas formas de vida contemporâneas, onde a interconexão e a mobilidade são prioridades. Dessa forma, o modelo apresentado por Dryden Brown se alinha com as tendências globais de urbanização e tech-sociedade.

Princípios de Sustentabilidade e Comunidade

Ademais, os princípios de desenvolvimento sustentável são fundamentais na concepção desta nova cidade. O projeto de Dryden Brown incorpora conceitos de inovação tecnológica que alinham com a necessidade urgente de um futuro mais verde e sustentável. A educação e capacitação da população local são essenciais para garantir que todos possam participar ativamente do processo de construção, promovendo o sentimento de pertencimento e a responsabilidade compartilhada.

O projeto de cidade techno-otimista é uma resposta criativa aos desafios impostos pelo aquecimento global e à desigualdade social. Isso demonstra que, mesmo em locais extremos como a Groenlândia, é possível cultivar uma visão positiva e inovadora que inspire outros ao redor do mundo.

Outro aspecto importante é como a proposta de Dryden Brown se conecta a outros projetos de cidades futuristas globalmente. As ideias de desenvolvimento urbano sustentável e tecnologia Rainmaker ecoam em iniciativas em diferentes partes do mundo, reforçando um movimento de transformação global que está levando a humanidade a repensar como e onde vivemos.

O Papel das Políticas de Independência Territorial

As políticas de independência territorial desempenham um papel vital neste processo. O desejo de muitos groenlandeses de se autoadministrar remete a uma rica história de busca por autonomia e identidade cultural. A construção desta nova cidade é uma oportunidade de fortalecer essa identidade e criar um espaço que celebre e respeite a cultura local, ao mesmo tempo em que se integra às tendências globais de modernidade e inovação.

Por fim, a visão de construir uma nova cidade na Groenlândia oferece a chance de explorar possibilidades que vão além das limitações físicas da região. A resiliência da comunidade e a inovação tecnológica podem convergir para criar uma cidadania global que veja na adversidade uma oportunidade para florescer em um novo modelo social.

Essa experiência de construção e colaboração simboliza a esperança de um futuro em que as pessoas possam viver em harmonia com a natureza e umas com as outras, independentemente de onde estejam localizadas no globo.

Saiba Mais

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