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À medida que a votação nas eleições presidenciais dos EUA de 2024 se aproxima do fim hoje, a desinformação continua sendo a maior preocupação em segurança cibernética para os profissionais da área.
Isso é evidenciado por uma nova pesquisa da Dark Reading, que consultou quase 1.000 leitores sobre suas maiores preocupações relacionadas à segurança nas eleições.
A resposta mais comum foi deepfakes, desinformação e fake news, com 41% das respostas. As outras preocupações incluem manipulação de dados de votação (23%), operações de hacking de países como Rússia, China e Irã (20%) e phishing em grande escala impulsionado por IA (16%).
Desmascarando Vídeos Falsos nas Eleições dos EUA: “Nunca Foram Tão Seguras”
As preocupações surgem após agências federais dos EUA desmentirem dois vídeos que afirmavam mostrar manipulação de votos. Esses vídeos foram identificados como resultados de adversários russos usando tecnologias de deepfake para semear desconfiança.
Um vídeo, desmentido pelo Escritório do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI), pelo FBI e pela Agência de Cibersegurança e Infraestrutura (CISA), alegava mostrar manifestantes destruindo cédulas em Bucks County, Pensilvânia. Outro vídeo falso afirmava mostrar um imigrante ilegal do Haiti votando repetidamente na Geórgia. Tanto o FBI quanto a CISA desconsideraram esses clipes como farsas de atores de ameaça russos.
Esses vídeos fazem parte da estratégia do ator de ameaça conhecido como Storm-1516, que publicou vídeos com milhões de visualizações, distorcendo a realidade eleitoral. Chris Krebs, ex-diretor da CISA, destacou a continuidade desse tipo de desinformação que utiliza estereótipos históricos e questões raciais.
Ele enfatizou a importância de rapidamente identificar e desmascarar tais conteúdos, sugerindo que as plataformas rotulem ou removam materiais gerados do exterior.
O analista sênior de inteligência da Blackbird.AI, Rennie Westcott, reforça que o Dia da Eleição pode não ser o fim das tentativas de criar desconfiança nos processos eleitorais. Ele observa que adversários estrangeiros tentarão confundir os cidadãos sobre a autenticidade dos resultados uma vez que as urnas forem fechadas.
A diretora da CISA, Jen Easterly, reconheceu o ‘fogo de desinformação’ que circula nas eleições, alimentando temores de fraude eleitoral e manipulação, especialmente entre os republicanos. Ela destacou que a infraestrutura de votação é praticamente à prova de falhas e que as eleições dos EUA “nunca foram tão seguras”.
“Posso afirmar isso com confiança com base em todo o trabalho que fizemos desde 2016”, afirmou Easterly, ressaltando as ameaças cibernéticas e físicas aos oficiais eleitorais, mas que a infraestrutura eleitoral está preparada para enfrentar as situações do dia 5 de novembro.
Apesar de garantir segurança, especialistas alertam que a desinformação tende a continuar a circular, incluindo teorias da conspiração sobre fraudes eleitorais.
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O Impacto da Desinformação e Tecnologias de Manipulação nas Eleições de 2024
A desinformação nas eleições de 2024 nos Estados Unidos representa um desafio sem precedentes para a integridade do processo democrático. À medida que se intensificam as campanhas eleitorais, a disseminação de informações falsas e manipuladas está transformando não apenas o ambiente político, mas também influenciando a maneira como os eleitores percebem os candidatos e as questões em disputa.
Desinformação e Conspirações na Era Digital
A Influência das Redes Sociais
Plataformas de redes sociais, como o recém-renomeado “X”, têm desempenhado um papel crucial como disseminadores de informações enganosas durante o ciclo eleitoral. Sob a liderança de Elon Musk, a plataforma tem sido um canal significativo para desinformação, com um levantamento recente destacando que postagens enganosas alcançaram bilhões de visualizações. Isso levanta preocupações sobre como a tecnologia pode ser manipulada para influenciar a opinião pública negativamente.
A facilidade de compartilhamento rápido, característica das plataformas digitais, cria um terreno fértil para teorias da conspiração. Esse fenômeno está criando um ambiente político e social complexo, onde a verdade e a ficção frequentemente se misturam, confundindo os eleitores e obscurecendo os fatos.
Exemplificações de Desinformação
Exemplos de desinformação incluem imagens e vídeos manipulados que rapidamente se tornaram virais. Por exemplo, uma imagem adulterada alegadamente da CNN mostrando Kamala Harris na liderança sobre Donald Trump no Texas foi amplamente compartilhada antes de ser desmentida. Essa rápida propagação evidencia o poder das fake news e sua capacidade de alterar narrativas políticas.
Além disso, a crescente utilização de tecnologias como os deepfakes representa uma ameaça. Estas tecnologias permitem a criação de vídeos falsificados que podem enganar o público, expondo ainda mais as eleições a manipulações e danos à integridade percebida do processo eleitoral.
Atores Externos e Seus Efeitos
A interferência de atores estrangeiros, como a Rússia, permanece uma preocupação constante. Vídeos forjados, incluindo um que implicava migrantes haitianos votando ilegalmente, são exemplos claros de tentativas de desestabilizar a confiança no sistema de votação. Tais ações evidenciam a necessidade de uma infraestrutura eleitoral resiliente e segura, capaz de resistir a manipulações interna e externamente instigadas.
Influência das Mídias Sociais e Deepfakes no Debate Eleitoral
Profundidade do Impacto nas Relações Sociais e Políticas
A instilação de desinformação nos processos políticos tem amplificado divisões sociais e intensificado a polarização. Retóricas inflamadas, como as promovidas por líderes políticos que questionam a validade de uma derrota, aumentam a desconfiança do eleitorado na democracia. Essa desconfiança se multiplica dentro de bolhas fomentadas em plataformas digitais, levando a um ciclo de desinformação onde factos são constantemente postos em causa.
A manipulação de dados, por meio de tecnologias como os deepfakes, ameaça alterar fundamentalmente o campo das representações políticas. Essas ferramentas sofisticadas aumentam a dúvida sobre a veracidade das informações visualizadas, dificultando a separação de realidade e ficção.
Conseguinte Polarização Política
Este cenário está agravando a fragmentação política e social, onde campanhas eleitorais se convertam em arenas de desconfiança e conflito. Em vez de focar nas propostas, muitas campanhas acabam dedicando mais esforços em desmentir falsas alegações e recuperar a confiança do público, desviando-se de debates substantivos.
Ameaças ao Processo Democrático e Eleitoral
Apesar das constantes garantias por parte de autoridades sobre a robustez da infraestrutura eleitoral, a persistente disseminação de teorias da conspiração prejudica significativamente a confiança na legitimidade dos resultados eleitorais. A proliferação de desinformação, mesmo após o desmascaramento de mentiras, pode levar à apatia eleitoral e à erosão das bases da democracia participativa.
A Segurança Cibernética Frente às Eleições de 2024
Preservando a Integridade Eleitoral
No combate à desinformação, práticas eficazes de segurança cibernética são vitais para preservar a integridade dos sistemas de votação e garantir que a vontade do eleitorado seja fielmente representada. Autoridades precisam trabalhar juntas para desenvolver e implementar estratégias que não apenas desmintam falsidades, mas também previnam a sua disseminação inicial.
Proteger a infraestrutura digital e garantir um fluxo livre de informações precisas requer uma abordagem colaborativa e dedicada entre governo, indústria de tecnologia e cidadãos.
Imagem, Tecnologia e Realidade Eleitoral
Os dados falsos, suportados por IA, colocam um extraordinário peso sobre as eleições. Não apenas a manipulação de imagens, mas também a criação de narrativas fictícias, ameaçam distorcer ainda mais as percepções públicas e minar a confiança nos resultados eleitorais.
Por exemplo, vídeos disseminados narrando falsos incidentes de irregularidades de votação podem rapidamente criar sensacionalismo, desestabilizando o comportamento esperado dos eleitores e alimentando novas narrativas conspiratórias. Esse tipo contínuo de intervenção externa reflete como as eleições estão se tornando uma arena para guerras cibernéticas.
Deepfakes: Riscos e Respostas Sociais
Desvendando a Ameaça dos Deepfakes
Os deepfakes apresentam um novo nível de complexidade no combate à desinformação. A capacidade de criar conteúdos visuais quase indistinguíveis da realidade desafia descobertas de medidas tradicionais. A conscientização pública e a competência de reconhecer tais conteúdos falsos são essenciais para mitigar seu impacto.
Conscientização e Educação como Ferramentas
Educar a comunidade sobre a identificação de possíveis manipulacões visuais e a compreensão do processo de criação de deepfakes pode ser uma defesa poderosa contra sua influência. Iniciativas educacionais em massa que abrangem todas as faixas etárias podem ajudar a preparar a sociedade para confrontar e retificar a extraordinária proliferação de desinformação.
Enfrentando o Desafio Cibernético com Alerta e Ação
Plano de Ação Coletivo
O avanço contínuo das tecnologias de manipulação de dados exige um esforço unificado de todas as partes interessadas, incluindo governos, plataformas tecnológicas e a população em geral. Somente uma estratégia coerente e profunda pode evitar os perigos associados a desinformação em contextos eleitorais.
Políticas de Informação e a Proteção do Discurso Democrático
As plataformas de redes sociais, ao combater os conteúdos enganosos, desempenham um papel crítico em assegurar que o diálogo eleitoral permaneça robusto e baseado em fatos. Para além do desenvolvimento de políticas internas, é crucial que elaborem soluções eficazes para a crise de confiança regenerativa dos fenômenos de desinformação.
Saiba Mais:
- Desinformação e Conspirações nas Eleições dos EUA 2024
- Plataforma X e o Epicentro da Desinformação
- Desinformação como Método Político Eleitoral
- Desafio da Crise de Confiança nas Eleições dos EUA
- Quantidade Sem Igual de Desinformação nas Eleições dos EUA
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