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Inovações Tecnológicas e a Evolução da Automação na Amazon
Nos últimos anos, o evento Delivering the Future tem sido um palco para as mais recentes inovações tecnológicas que impulsionam as operações da Amazon. Em 2023, o evento, realizado em Seattle, destacou atualizações nas ofertas farmacêuticas da empresa e nas entregas por drones. Em Nashville, no mesmo ano, a Amazon abordou atualizações em inteligência artificial relacionadas à experiência de compra e como a empresa utiliza visão computacional para melhorar o tempo de entrega de pacotes.
A Conversa Anual com o Chefe de Tecnologia de Robótica da Amazon
Pouco após o evento, a TechCrunch teve a oportunidade de entrevistar Tye Brady, o chefe de tecnologia de robótica da Amazon. Este encontro se tornou uma tradição anual, permitindo um aprofundamento na narrativa das inovações robóticas da empresa ao longo dos últimos 12 meses e vislumbrando como as próximas inovações deverão se desenrolar.
De acordo com dados internos da Amazon, a empresa atualmente possui mais de 750.000 robôs implantados em seus centros de distribuição nos Estados Unidos, um número que é o mesmo anunciado em 2023. No entanto, esse número representa apenas uma parte da história, pois engloba somente os robôs móveis autônomos (AMRs).
Os Robôs Móveis Autônomos (AMRs)
Os AMRs são os sistemas móveis que têm circulado nos andares dos armazéns da Amazon desde que a empresa adquiriu a Kiva Systems em 2012. Esses robôs, também conhecidos como sistemas de tração, incluem diversos modelos, sendo o sistema Proteus um destaque, apresentado na conferência Re:Mars em 2022.

Embora os AMRs formem a maioria da frota de robôs da Amazon, outros formatos também conquistaram seu espaço. A próxima maior categoria é a dos braços robóticos, que incluem Robin, Cardinal e Sparrow, cada um com a tarefa de classificação e empilhamento de objetos.
Apresentação do Sistema Sequoia
O mais recente membro da família de robôs da Amazon é o Sequoia, apresentado no evento Delivering the Future de 2023. O nome, inspirado nas gigantescas sequóias da Califórnia, pode ser uma homenagem ao tamanho e escopo do sistema, que é uma solução automatizada de armazenamento e recuperação similar àquelas oferecidas por empresas como a AutoStore.
O primeiro sistema Sequoia entrou em operação em 2023 em um centro de distribuição na área de Houston. Recentemente, a Amazon anunciou que um sistema cinco vezes maior está agora sendo implantado em um enorme armazém em Shreveport, Louisiana, que será expandido para mais de 3 milhões de pés quadrados.
Transformação de Armazéns e o Futuro da Automação
A Amazon possui recursos para construir centros de distribuição robóticos do zero. Contudo, a varejista optou por adaptar armazéns existentes, uma abordagem que, embora menos intensiva em recursos, requer que a empresa trabalhe em torno das operações de entrega já estabelecidas, como descreveu Brady: “consertar o avião enquanto ele está voando”.

O centro de Shreveport, o primeiro de seus “edifícios Gen 12”, pretende utilizar 10 vezes mais robôs do que seus predecessores, embora a empresa ainda não tenha divulgado essa cifra. Além disso, haverá um aumento de 25% nas vagas de engenharia de manutenção de confiabilidade (RME).
Com a operação de 55 campos de futebol em atividades de distribuição, o centro de Shreveport deverá empregar 2.500 pessoas. Brady é um defensor da ideia de que essas tecnologias permitem que os humanos se concentrem nas atividades que as máquinas não conseguem realizar, mencionando que: “A resolução de problemas, o bom senso, o raciocínio lógico e o entendimento do contexto são áreas em que os humanos ainda se destacam”.
Explorando o Futuro com Robôs Humanóides
Apesar do robô Digit da Agility ter recebido destaque no evento de 2023, a Amazon não fez muitas menções ao uso de robôs humanóides. A empresa tem explorado como esses robôs bipedais podem ser integrados aos seus centros de distribuição, incluindo um piloto com a Agility anunciado no ano passado. Entretanto, desde a conclusão do piloto, as atividades têm estado em silêncio.

Brady afirmou que eles ainda estão aprendendo e que o progresso tem sido gradual, caracterizando a relação com a Agility como um processo de pesquisa e desenvolvimento. A abordagem gradual se deve à busca de maneiras eficazes de integrar tecnologias existentes em fluxos de trabalho já estabelecidos.
Colaboração com a Covariant
Uma colaboração que ganhou destaque recentemente é a iniciativa com a Covariant, um spinoff da UC Berkeley. A Amazon anunciou, em agosto, a contratação dos fundadores da startup, com o intuito de expandir o papel de modelos fundamentais no ambiente industrial.

A Amazon também destacou que seu braço robótico, Sparrow, “pode agora lidar com mais de 200 milhões de produtos únicos de todas as formas, tamanhos e pesos”. Contudo, há sempre casos excepcionais que exigirão a combinação de funcionários humanos e sistemas de IA mais treinados para lidar com as complexidades da operação.
“Estamos progredindo e começando a trabalhar em problemas realmente complexos e aplicados para a aprendizagem de máquina”, diz Brady sobre a colaboração com a Covariant.
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autor ref: Brian Heater
ref:https://techcrunch.com/2024/10/12/amazons-tye-brady-discusses-the-next-generation-robotic-warehouses/