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Jon McNeill fez uma apresentação impactante no World Business Forum, compartilhando o que ele chama de “método de inovação da Tesla” de simplificação radical.
Durante a conversa, McNeill abordou os objetivos de automação da Tesla, seu novo robô táxi e as dificuldades enfrentadas na construção de veículos elétricos.
Sobre o robô táxi da Tesla
A Tesla lançou o Autopilot, seu avançado sistema de assistência ao motorista (ADAS) em 2015. McNeill afirmou que a automação é uma iniciativa central para a Tesla há quase uma década.
Ele expressou que ficou surpreso com a revelação do robô táxi da Tesla, aguardando maiores inovações, especialmente considerando que empresas como Waymo e Cruise já estão no Nível 4 de automação, enquanto a Tesla opera no Nível 2.
O Nível 2 implica que o veículo pode realizar algumas funções de direção, mas requer supervisão constante de um humano. Em contraste, o Nível 4 permite que veículos dirigam sozinhos sob certas condições.
No evento, foram apresentados apenas 20 protótipos de robô táxi, deixando McNeill ansioso por um roteiro claro sobre o futuro da automação da Tesla.
Musk planeja lançar um serviço de transporte autônomo em 2025, mas a falta de detalhes tropica no aumento da confiança na marca.
Sobre automação apenas pela visão
McNeill destacou como a Tesla prosperou com a simplificação, questionando a escolha de depender apenas de câmeras para a direção autônoma, em vez de lidar e radar, considerando que isso pode complicar os processos por trás.
A Tesla está desenvolvendo Dojo, um supercomputador que visa treinar redes neurais para direção autônoma baseada em visão, uma aposta que Musk reconhece que pode não ter sucesso.
Ele também expressou preocupação com a abordagem exclusiva da Tesla, dizendo que, embora humanos sejam capazes de dirigir com apenas dois olhos, a dificuldade de enxergar em condições adversas pode comprometer a segurança.
Além disso, ele alertou que lidar pode melhorar a segurança ao detectar obstáculos que as câmeras podem não ver, indicando que simplificar não deve comprometer a segurança.
Sobre a ideia da Tesla adotar lidar
Apesar de ter defendido a abordagem de visão por anos, o histórico da Tesla sugere que poderia ser viável reconsiderar o uso de lidar, uma vez que os custos desse sensor caíram significativamente.
Contudo, a reputação da Tesla e promessas prévias sobre a autonomia total adicionam complicações à discussão de mudança na estratégia, ressaltando o desafio de ser flexível sem comprometer a confiança do consumidor.
Sobre por que as startups de EV falham hoje
A dificuldade de construir veículos elétricos a partir do zero é um tema recorrente. Empresas como Fisker e Rivian enfrentam desafios financeiros imensos, alegando perdas significativas na produção de carros. McNeill enfatizou a dificuldade na logística de se produzir um carro, levando em consideração a coordenação de diversas peças de múltiplos países.
Ele finalizou mencionando que, apesar do temor de falhar, produzir veículos de maneira eficiente hoje é um dos desafios mais rigorosos na indústria automotiva, especialmente em um mercado onde as margens são estreitas e a competição é feroz.
Quais os desafios técnicos na implementação de um sistema de passageiros autônomos em nível 4?
Os desafios técnicos na implementação de um sistema de passageiros autônomos em nível 4 são significativos e podem ser resumidos da seguinte maneira:
Visão e Percepção do Ambiente
Um dos principais desafios é a capacidade do veículo de ver e interpretar com precisão todos os arredores e obstáculos relevantes, mesmo sob condições adversas das vias ou climáticas. Isso inclui a detecção de obstáculos, pedestres, outros veículos e condições da estrada, o que pode ser complicado apenas com o uso de câmeras, especialmente em condições de baixa visibilidade. A Tesla tem investido em inovações para melhorar a percepção do ambiente, mas a automação completa ainda enfrenta barreiras significativas.
Integração de Sensores e Tecnologias
A abordagem da Tesla de depender apenas de câmeras para a direção autônoma é questionada, pois o lidar (LIDAR) e radar podem fornecer informações adicionais que as câmeras não capturam, melhorando a segurança ao detectar obstáculos que as câmeras podem não ver. A integração de múltiplos sensores é essencial para uma execução eficiente e segura do sistema de robotaxi.
Condições Operacionais e Geo-fencing
Veículos autônomos de nível 4 precisam operar dentro de condições específicas e podem ser geo-fenced, ou seja, limitados geograficamente a áreas com infraestrutura digital adequada. Isso inclui a necessidade de mapas altamente detalhados e equipamentos rodoviários como semáforos inteligentes. A automação deve ser acompanhada de uma infraestrutura que suporte a inovação, garantindo que os elétricos possam operar de forma eficaz.
Segurança e Resposta a Emergências
Os veículos autônomos de nível 4 devem ser capazes de reagir de forma segura em situações emergenciais e garantir a segurança dos passageiros. Isso envolve a capacidade de defender-se contra ciberataques, intrusões não autorizadas e comandos falsos de controle do veículo. A segurança é uma prioridade máxima na execução de sistemas de robotaxi, e a confiança do público depende da eficácia dessas medidas.
Testes e Validação
Os fabricantes devem testar os veículos em condições controladas que simulem o domínio operacional pretendido e determinar razoavelmente que é seguro operar nesse domínio. Além disso, é necessário que os veículos sejam equipados com sistemas de registro de dados para facilitar a identificação de falhas. A validação rigorosa é um passo crucial na automação e na introdução de robotaxis nas vias públicas.
Responsabilidade e Regulamentação
Há desafios regulamentares significativos, incluindo a definição de responsabilidade em caso de falhas ou acidentes. A ausência de um regime claro de responsabilidade pode desincentivar iniciativas de pesquisa e a necessidade de autorizações administrativas prévias para testes em vias públicas. A regulamentação deve acompanhar a inovação para garantir uma execução segura e responsável dos sistemas de robotaxi.
Conclusão
Os desafios técnicos na implementação de um sistema de passageiros autônomos em nível 4 são complexos e multifacetados. A Tesla e outras empresas estão na vanguarda da inovação nesse campo, mas a superação desses obstáculos requer uma abordagem colaborativa entre fabricantes, reguladores e a sociedade. A integração de tecnologias como lidar, a segurança em situações de emergência, e a definição clara de responsabilidades são aspectos fundamentais para o sucesso da automação e da execução de sistemas de robotaxi no futuro.
Fontes de Pesquisa:
- SSAB: Uso de automóveis no futuro
- Campos Thomaz: Carros autônomos – Desafios regulatórios atuais e futuros
- KPMG: Índice de Prontidão para Veículos Autônomos 2020
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