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Captura Direta do Carbono no Oceano: Uma Nova Fronteira para Remoção de Carbono
A captura direta do ar (DAC) tem sido reconhecida como uma possível solução para a crise climática nos últimos anos. No entanto, uma startup oriunda das paisagens geladas da Islândia adota um novo enfoque: a remoção de carbono da água do mar.
Custo Efetivo da Nova Metodologia
De acordo com a Agência Internacional de Energia, o custo padrão da captura de carbono por métodos DAC varia entre $230 e $630 por tonelada métrica. A startup Brineworks, baseada em Amsterdã e especializada em tecnologia de eletrólise de água do mar, afirma que sua metodologia inovadora pode custar menos de $100 por tonelada de CO2 quando escalada, tornando-se uma opção bastante eficiente em comparação a outros métodos.
Recentemente, a empresa garantiu um financiamento de $2.2 milhões (cerca de €2 milhões), liderado pela firma de capital de risco Pale Blue Dot.
A Necessidade de Reduzir as Emissões de Carbono
É amplamente aceito que o planeta deve manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C para evitar eventos climáticos catastróficos. Já presenciamos, por exemplo, a devastação nas regiões da Flórida, Geórgia, Carolina do Sul, Carolina do Norte e Tenessee devido ao Furacão Helene. Para reduzir este aquecimento, é necessário remover a quantidade colossal de carbono que foi liberada na atmosfera desde a Revolução Industrial.
A tecnologia de captura direta do oceano (DOC) pode ser “sustentável, escalável e custo-efetiva”.
Como Funciona a Tecnologia da Brineworks
A eletrólise de água do mar da Brineworks extrai CO2 da água do mar e produz hidrogênio verde (H2) durante o processo, criando uma fonte de receita. Além disso, por operar com energia solar ou eólica e armazenar o hidrogênio em tanques, o processo pode ser realizado fora da rede elétrica.
“E se qualquer nação do mundo pudesse produzir petróleo sustentável a partir de eletricidade renovável e água do mar? Acreditamos que a Brineworks descobriu a chave para isso,” afirmou Hampus Jakobsson, sócio-gerente da Pale Blue Dot.
Vantagens da Captura Direta do Oceano
Os oceanos possuem uma densidade muito maior em comparação com a atmosfera, significando que a concentração de CO2 marinho é cerca de 150 vezes maior do que no ar. Portanto, a energia requerida para a captura de dióxido de carbono via DOC é proporcionalmente muito menor em comparação aos métodos DAC.
Perspectivas Futuras
A Brineworks pode estar na vanguarda de uma nova onda de captura de carbono marítima. A startup Calcarea, fundada no Caltech, está desenvolvendo uma tecnologia que captura o CO2 emitido por navios e o converte em sais oceânicos seguros e duráveis. Outra empresa atuando na área de DOC é a Captura, que conseguiu levantar $34,5 milhões de investidores, incluindo a Maersk Growth e Freeflow Ventures.
Atualmente, a Brineworks está iniciando seu primeiro projeto piloto nas Ilhas Canárias, com a expectativa de capturar uma tonelada métrica de carbono por semana, segundo Sveinsson.
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autor original: Mike Butcher
ref:https://techcrunch.com/2024/10/01/direct-ocean-capture-may-be-the-next-frontier-for-carbon-removal/