A Revolução da Captura Direta de Carbono: A Iniciativa da Aerleum

O empreendedorismo e a inovação tecnológica são fundamentais na luta contra as mudanças climáticas. Um exemplo notável é a jornada de Sébastien Fiedorow, que deixou sua carreira como investidor de capital de risco para fundar a Aerleum, uma startup focada na captura direta de carbono. Este artigo explora os mecanismos, os desafios e as perspectivas futuras dessa tecnologia promissora.

O Início da Aerleum

Fiedorow foi abordado pela primeira vez por uma startup em Paris chamada Marble, que estava assessorando um cientista, Steven Bardey, na criação de uma empresa de captura direta do ar, também conhecida como Direct Air Capture (DAC). Apesar de sua resistência inicial em investir nesse setor, uma avaliação técnica simplificada alterou sua visão e motivou-o a se juntar ao projeto.

“Uma vez que analisamos os números, uma avaliação técnica econômica demonstrou que esse era o caminho a seguir.” — Sébastien Fiedorow

Desafios da Captura Direta de Carbono

A maioria das empresas de DAC concentram-se na captura de CO₂ e enfrentam desafios significativos. O dióxido de carbono compõe apenas 0,04% da atmosfera, tornando sua extração uma tarefa complexa e dispendiosa. Após a captura, diversas startups se deparam com o desafio de encontrar um comprador para o gás, que pode ser vendido para empresas petrolíferas ou de sequestro de carbono. Essa necessidade de intermediários gera custos adicionais.

A Solução Inovadora da Aerleum

Em vez de seguir o modelo convencional, a Aerleum desenvolveu um material inovador que absorve o CO₂ em um processo de dois passos e o transforma em outro composto. O objetivo inicial é produzir metanol, um composto que pode ser utilizado como combustível em navios cargueiros ou como ingrediente em produtos químicos, incluindo combustíveis de aviação.

O Processo de Captura e Conversão

A tecnologia adotada pela Aerleum coloca o material em uma câmara onde o ar circula. Após a saturação do material com CO₂, a câmara é fechada e o gás hidrogênio é injetado. Este gás reage com o dióxido de carbono, resultando na produção de metanol. O metanol então é retirado da câmara e purificado.

Propostas Futuras e Financiamento

Atualmente, a Aerleum está focada na captura de CO₂ presente na atmosfera, mas também estão em desenvolvimento testes para capturar o gás em processos industriais, utilizando até 15% de dióxido de carbono. Para a construção de um protótipo do dispositivo DAC, a empresa angariou $6 milhões em financiamento inicial.

A Aerleum busca reduzir o custo de produção de metanol para menos de $1.200 por tonelada métrica, com a meta de atingir $650 por tonelada em cinco anos:

“Nesse preço, nos tornamos super competitivos, mesmo em comparação com combustíveis fósseis.” — Sébastien Fiedorow

Considerações Finais

A Aerleum representa uma esperança renovada na batalha contra as mudanças climáticas, demonstrando que inovações tecnológicas podem transformar a maneira como abordamos a captura e reutilização de dióxido de carbono. À medida que a empresa avança, seus resultados podem oferecer soluções não apenas para a indústria, mas para a sociedade como um todo.

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Fonte:https://techcrunch.com/2024/10/14/aerleum-plans-to-turn-co2-directly-into-fuel-for-cargo-ships-and-eventually-airplanes/