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Ciberataque à Free: Impactos e Segurança dos Dados dos Clientes

A Free, uma empresa francesa de telecomunicações e o segundo maior provedor de serviços de Internet (ISP) do país, revelou ter sido vítima de um ciberataque durante o fim de semana. Este é o mais recente de uma série de ataques contra ISPs e operadoras de telecomunicações recentemente.

Um ator de ameaça roubou informações da ferramenta interna de gerenciamento da empresa, coletando dados sobre os assinantes da empresa, e tentou vender esses dados na Dark Web em um fórum de cibercrime, confirmou o ISP à Agence France-Presse (AFP) em 26 de outubro.

O hacker, conhecido como “drussellx”, postou uma mensagem no fórum, leiloando dois bancos de dados roubados da empresa de ISP. Os bancos de dados supostamente continham informações de mais de 19 milhões de contas de clientes e mais de 5 milhões de detalhes de contas bancárias internacionais.

Os criminosos obtiveram “acesso não autorizado a alguns dos dados pessoais associados às contas de certos assinantes”, de acordo com a Free, que possui mais de 22 milhões de assinantes móveis e fixos. No entanto, a empresa enfatizou que nenhuma senha, informações de cartão bancário, e-mails, SMS ou mensagens de voz foram comprometidos, e que seus serviços não foram impactados.

As redes de provedores de serviços de Internet estão sendo cada vez mais alvo de atores maliciosos em ataques para roubar dados e estabelecer uma base para novas táticas e técnicas. Um exemplo é a ameaça persistente avançada (APT) Salt Typhoon, que tem como alvo essas redes nos EUA, provavelmente devido às informações que podem obter, como endereços residenciais, informações de cobrança, SMS e mais.

Outro grupo APT, conhecido como Evasive Panda (também conhecido como StormBambaoo e DaggerFly), também tem como alvo ISPs, utilizando-os como plataforma de lançamento para explorar os mecanismos de atualização de software por meio de envenenamento de DNS.

Agora, após seu próprio ataque a ISP, a Free informa que em breve começará a notificar clientes impactados por e-mail sobre a violação. A empresa também registrou uma queixa criminal e informou a Comissão Nacional da Informática e das Liberdades (CNIL) da França e a Agência Nacional de Segurança dos Sistemas de Informação (ANSSI).

Quais são as melhores práticas para proteger ISPs contra ciberataques?

Proteger os provedores de serviços de Internet (ISPs) contra ciberataques é uma prioridade essencial no cenário digital atual. Com o aumento das ameaças cibernéticas, incluindo hackers que operam na Dark Web, a segurança dos dados e da infraestrutura é mais crucial do que nunca. Neste artigo, exploraremos as melhores práticas para garantir que os ISPs estejam bem protegidos contra possíveis invasões e ataques.

1. Manutenção de Sistemas e Software Atualizados

A primeira linha de defesa contra ciberataques é a manutenção de todos os sistemas, software e dispositivos atualizados com as últimas correções de segurança. Isso ajuda a fechar vulnerabilidades conhecidas que os hackers podem explorar, reduzindo assim o risco de ataques.

2. Uso de Senhas Fortes e Políticas de Senha Seguras

Implementar políticas de senhas fortes é fundamental. Exigir senhas complexas, combinando letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos, pode dificultar as tentativas de acesso não autorizadas. Além disso, promover a autenticação de dois fatores adiciona uma camada extra de segurança.

3. Higiene Cibernética e Treinamento de Funcionários

Adotar boas práticas de segurança cibernética também envolve o treinamento regular dos funcionários sobre os riscos associados a ciberataques. Capacitar a equipe a não clicar em links suspeitos ou a abrir anexos de e-mails de remetentes desconhecidos pode reduzir significativamente o risco de engenharia social e outros tipos de ataques.

4. Proteção de Endpoints e Controles de Acesso

Implementar controles de acesso rigorosos é vital. Restringir o acesso a informações confidenciais apenas aos funcionários que realmente necessitam delas, além de garantir que todos os dispositivos de armazenamento estejam criptografados, oferece uma camada adicional de proteção.

5. Uso de Firewalls e Soluções Anti-DDoS

Uma rede segura deve estar por trás de um firewall robusto e utilizar soluções anti-DDoS para identificar e mitigar ataques em andamento. Medidas como o bloqueio de IPs maliciosos e o desvio de tráfego são indispensáveis para proteger a infraestrutura.

6. Conhecimento do Tráfego de Rede e Plano de Resposta

Entender as características do tráfego da rede é crucial para detectar rapidamente ataques DDoS. Um plano de resposta a incidentes deve ser elaborado, incluindo uma equipe dedicada, procedimentos de notificação e um plano de comunicação com os stakeholders.

7. Backups Regulares e Criptografia de Dados

Realizar backups regulares dos dados e armazená-los em locais seguros é uma prática crítica. A criptografia de dados, incluindo informações de clientes e funcionários, deve ser rigorosamente aplicada para prevenir a exposição em caso de um ataque bem-sucedido.

8. Redes Resilientes e Largura de Banda

Implementar uma conexão reserva e garantir largura de banda suficiente ajudará a minimizar o impacto de ciberataques, principalmente DDoS. Migrar sistemas e dados para a nuvem pode ampliar a largura de banda e proporcionar mais opções de segurança.

9. Auditorias Periódicas e Notificação de Autoridades

Por último, realizar auditorias periódicas é essencial para identificar e superar vulnerabilidades. Em caso de um ataque, é importante notificar as autoridades competentes, como a Comissão Nacional de Informática e das Liberdades (CNIL) ou a Agência Nacional de Segurança dos Sistemas de Informação (ANSSI).

Conclusão

Nos tempos atuais, a segurança digital é um imperativo para os ISPs. Adotar as melhores práticas descritas acima não apenas ajudará a proteger contra ciberataques, mas também a salvaguardar os dados dos clientes e a preservar a confiança no sistema. A implementação de medidas proativas e a educação contínua dos funcionários são essenciais para garantir uma defesa robusta contra as ameaças cibernéticas existentes.

Fontes

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